Imagine que você presta serviços para uma empresa e, de repente, detecta um ataque cibernético. Sua missão é manter a segurança das informações e garantir que os processos da organização não sejam interrompidos. Mas, como proteger todos os dados sem perda alguma? É aí que entram os conceitos de RTO e RPO.
Essas métricas são fundamentais para definir a tolerância máxima de perda de dados que uma empresa aceita para proteger seus ativos — e planejar ações rápidas e eficazes.
Por que RTO e RPO são tão importantes?
Para garantir uma infraestrutura de TI sólida e uma rotina eficiente, toda empresa precisa de uma política de backup e recuperação de dados. No entanto, apenas implementar a política não basta: é essencial que os profissionais de suporte dominem conceitos como RTO e RPO, fundamentais para o sucesso da recuperação de informações em casos de falha ou ataque.
Esses conceitos ajudam a traçar estratégias baseadas em margens de erro aceitáveis e tempo de resposta eficiente, minimizando impactos na produtividade.
Vamos entender cada um deles:
O que é RPO (Recovery Point Objective)?
RPO define o limite de perda de dados aceitável para uma organização em caso de falha. Em outras palavras, determina até que ponto é aceitável perder informações sem comprometer a operação.
O RPO está diretamente ligado à frequência dos backups.
Exemplo:
- Se uma empresa realiza backups diários às 17h e ocorre uma falha às 9h, o ponto de recuperação será o backup do dia anterior. Portanto, o RPO é de 24 horas.
- Se o backup é feito a cada 12 horas, o RPO é de 12 horas.
Quanto menor o RPO, menores as perdas em caso de falha.
O que é RTO (Recovery Time Objective)?
RTO é o tempo máximo que um sistema ou serviço pode permanecer indisponível sem causar impactos graves ao negócio.
Ele define o período necessário para restaurar o ambiente após um incidente, incluindo download de backups, reinstalações e atualizações.
Planejar o RTO é essencial para:
- Evitar grandes prejuízos com a parada de sistemas críticos.
- Priorizar o restabelecimento dos serviços mais importantes para o negócio.
- Criar soluções e procedimentos de resposta rápidos e eficientes.
Diferenças entre RTO e RPO
- RPO: Foca na quantidade de dados que pode ser perdida.
- RTO: Foca no tempo máximo para a recuperação dos sistemas.
Ambas as métricas são essenciais para alinhar expectativas com os clientes, evitando cobranças sem embasamento técnico e melhorando a qualidade dos serviços prestados.
Como funcionam RTO e RPO na prática?
RPO funciona como uma espécie de “seguro” — reduzindo a perda de dados mesmo em cenários críticos.
RTO é um plano de ação — garantindo a recuperação rápida e segura para minimizar o impacto nos negócios.
Essas métricas também:
- Facilitam o trabalho da equipe de TI.
- Reduzem a pressão por resultados imediatos sem critérios técnicos.
- Fortalecem a confiança entre cliente e prestador de serviços.
Outras métricas que complementam RTO e RPO
Além do RTO e RPO, outras métricas importantes são:
MTD (Maximum Tolerable Downtime)
Define o tempo máximo aceitável que uma empresa pode ficar sem operar antes que os prejuízos se tornem inaceitáveis.
WRT (Work Recovery Time)
Indica o tempo necessário para validar que tudo está funcionando corretamente após a recuperação.
É um componente essencial do MTD, pois garante a estabilidade do ambiente restaurado.
Por que o gestor de TI deve adotar RTO e RPO?
Tomar decisões baseadas em “tentativa e erro” pode ser arriscado e prejudicar a relação com o cliente. Definir RTO e RPO:
- Alinha expectativas entre fornecedor e contratante.
- Dá suporte técnico e jurídico às negociações.
- Organiza a infraestrutura de TI com maior clareza.
- Protege a reputação do prestador de serviços.
Sem essas métricas, o cliente pode exigir prazos irreais e a falta de parâmetros dificultará o cumprimento ou a negociação.
Conclusão
Investir em conhecimento sobre RTO, RPO e outras métricas de disponibilidade é essencial para quem quer se destacar na prestação de serviços de TI.
Referência: https://addee.com.br/blog/rto-e-rpo-o-que-sao-e-quais-sao-as-diferencas/
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